quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A prostituta e o delegado

- Era um sujeito de baixa estatura e de aspecto nauseante.É só disso que eu me lembro senhor delegado - disse a "dama" depois de ter cruzado as pernas num movimento languido e despreocupado.

O delegado observava atento não tanto às palavras que eram proferidas por aquela boca queimada de cigarros, mas àquelas pernas que se erguiam ora uma ora outra para se cruzarem sob o peso de uma bolsa rosada que repousava sobre o colo da queixosa.

- Sim, e o que ele lhe fez precisamente, doce dama?- perguntou o delegado pacientemente.

- Primeiro ele fez o que queria fazer, e depois deixou de fazer o que deveria ter sido feito.

- Por favor, seja mais precisa, senhorita, só é póssível a justiça ser justa se podermos precisar os fatos que temos de julgar.
- Meu Deus, será preciso eu dizer de forma mais explicita? Ok, ele trepou e não pagou, foi isso.

- Pois bem, para efetuar a justiça vc trepa comigo e eu pago por mim e pelo sujeito - propôs o bondoso delegado, segurando no braço da dama e conduzindo-a para uma sela vazia e higienizada.

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