terça-feira, 11 de agosto de 2009

Canção desesperada de Thomas Heartworth depois da despedida de Susie Hellen

Tu, doce dama, que me abandonastes aqui sozinho no frio das montanhas
geladas,
Respirando o silêncio que deixaste,
Depois de ter-me fuzilado com mil palavras de fogo,

Queria eu que tu soubesses pela voz pesada que o vento leve leva soprando,
Queria eu insistentemente que tu soubesses
Que não restará nada do meu peito perfurado
Do meu coração estraçalhado,
Que já não pulsa, não pulsa....
Que já não reaje....
E que, enfim, já não é mais um coração.

Saibas tu que quando o vento soprar em teu ouvido
Já não haverá mais peito que respire ofegante
E já não haverá mais nada o que dizer....
E já não haverá mais o que sonhar....

E que agora mesmo nada já não há!
De mim nada mais resta...

Exceto uma poesia que paira solitária levada pelo vento sul
Sem uma gota de sangue dentro de si que venha tingí-la com o rubro torpor
dos loucos
Dos loucos que dormem tranqui-los
Nas ruas imundas sem nada saber de mim
Sem nada saber de ti.
Sem nada saber das nossas sabias, mas falsas palavras...
Sem nada, doce dama!!!!!!!!!!
Sem nada...

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